Análise de Split Fiction
Split Fiction é a nova experiência co-op e inovadora da Hazelight Studios.
Introdução:
2025 já trouxe excelentes jogos, como Kingdom Come Deliverance 2 e Monster Hunter Wilds . Porém, nenhum brilha tanto quanto Split Fiction , criado pela Hazelight Studios , os mesmos gênios por trás de A Way Out e It Takes Two , liderados por Josef Fares.
Sinopse:
Split Fiction segue a história de Mio e Zoe, duas aspirantes a escritoras que visitam a sede da Rader Publishing, uma companhia de tecnologia. A empresa pretende usar as histórias das protagonistas em seu novo produto, que promete simular mundos interativos. Após um acidente, a dupla acaba presa em uma simulação compartilhada de suas próprias obras e precisa unir forças e encontrar glitches para sair da máquina.
Detalhes de Gameplay:
Desde os primeiros minutos de gameplay, Split Fiction impressiona. Cada capítulo introduz mecânicas únicas que raramente se repetem. Os cenários variam entre um mundo de ficção científica e um de fantasia. No mundo de ficção científica cyberpunk, Mio controla a gravidade com sua espada, enquanto Zoe manipula objetos com seu chicote elétrico, elas são ninjas cibernéticas.
No mundo de fantasia, Mio pode se transformar em um dragão aquático e um gorila gigante. Zoe pode virar uma pequena fada para ultrapassar pequenos espaços e se transformar em um ser que lembra o Groot de Guardiões da Galáxia, capaz de controlar plantas.
A cada novo cenário, há mudanças nos poderes e habilidades.
Existem mundos secundários tão bons quanto os principais. Em certos momentos, você se transforma em um porco voador, surfa em dunas de areia ou visita um mundo bruxo inspirado em Harry Potter, mas onde os bruxos são ratos – ideias absurdas e brilhantemente executadas.
Cada mecânica é introduzida com clareza, explorada de maneira divertida e descartada antes que se torne repetitiva.
Os puzzles cooperativos exigem sincronia perfeita. Um exemplo é quando controlamos uma espécie de centopeia, onde cada um controla um lado do corpo.
Desenvolvimento de Mio e Zoe:
Os mundos de Mio (ficção científica) e Zoe (fantasia) refletem suas personalidades opostas, mas também servem como playgrounds para ideias inovadoras. A Hazelight não se contenta em apenas misturar gêneros; ela os subverte de maneiras que desafiam expectativas.
O coração de Split Fiction é a tensão entre as protagonistas. Mio, com sua visão pragmática, provoca Zoe, cuja crença na magia parece ingênua. Mas conforme a aventura avança, Split Fiction vai além do clichê de "opostos que se atraem".
Através de diálogos afiados e momentos de vulnerabilidade, descobrimos camadas mais profundas. Mio, marcada por uma vida difícil, começa a baixar suas defesas. Zoe, por trás de seu sorriso constante, carrega traumas que enriquecem sua jornada.
O jogo utiliza mundos fictícios como espelhos das experiências pessoais, permitindo que nós, jogadores, entendamos seus passados e motivações sem recorrer a exposições desajeitadas.
Nem tudo é perfeito:
Se há um aspecto em Split Fiction que não atinge o mesmo nível de perfeição, é o vilão principal. Sua motivação não é tão forte, mas isso não atrapalha o brilho de Split Fiction.
Um bom uso da Unreal Engine 5:
A execução técnica é impecável, com desempenho fluido e poucos bugs, provando que a Hazelight dominou a Unreal Engine 5, que tem sido criticada, mas aqui em Split Fiction, não há do que reclamar, joguei no PlayStation 5 e rodou perfeitamente.
Conclusão:
Split Fiction se destaca como um farol de inovação e diversão em um cenário onde jogos cooperativos são cada vez mais raros. É o tipo de experiência que fica na mente muito depois dos créditos, seja pelas risadas compartilhadas com um amigo, pelas surpresas constantes ou pela emoção de ver Mio e Zoe se tornarem mais do que parceiras – verdadeiras amigas. Ainda estamos em março de 2025, mas não há concorrentes à altura: Split Fiction é, sem dúvida, o melhor jogo do ano até agora, e pode se tornar um clássico atemporal.

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