Game Pass em xeque: altos custos prejudicam a sustentabilidade do modelo

Custos de estúdios internos não contabilizados, risco para AAA e pressão sobre devs. O fim está próximo?

O modelo do Xbox Game Pass, considerado uma revolução para os gamers, está sendo duramente criticado pelos próprios desenvolvedores. Raphael Colantonio, fundador da Arkane Studios (Dishonored, Prey), disparou: o serviço é “insustentável” e está prejudicando a indústria há uma década.

O principal problema? A Microsoft não desconta os custos de desenvolvimento dos estúdios internos ao calcular a rentabilidade do Game Pass. Segundo Chris Dring, isso cria um quadro distorcido:

“Eles não contam o que os estúdios first-party deixam de ganhar”.

Enquanto isso, a empresa investe bilhões por ano, mas segue anunciando cortes de estúdios e demissões, tornando-se claro o risco de se apoiar apenas num modelo que sacrifica inovação e sustentabilidade.

Apesar dessas críticas, a Microsoft reforça que o Game Pass continua rentável no que diz respeito a custos de licenciamento, marketing e operação, embora exista ceticismo sobre o impacto global.

O Game Pass foi louvado como a salvação dos gamers, acesso ilimitado a lançamentos por assinatura. Mas por trás da oferta atraente, existe uma indústria cada vez mais pressionada.

O que está em jogo?

- O futuro do jogos AAA: Sem clareza financeira, novas decisões podem sacrificar qualidade e escopo dos jogos em nome da economia.

- A autonomia dos desenvolvedores: Sem garantias reais, equipes podem trocar inovação por segurança instantânea. "Jogar no seguro".

- O equilíbrio do setor: Talvez seja hora de adotar um modelo híbrido que combine assinaturas com vendas diretas.

O debate entre valor imediato para o jogador e sustentabilidade a longo prazo está apenas começando. Para garantir que o Game Pass sobreviva sem afundar o Xbox, será preciso transparência e equilíbrio real e não apenas promessas corporativas.

Fonte: Insider Gaming

Tags:NotíciaResumoXbox
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Fuyushiro

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